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sexta-feira, 27 de abril de 2007

Resumo de Memórias de Brás Cubas Machado de Assis

Brás Cubas, já falecido, conta, do outro mundo, as suas memórias.Expirei em 1869, na minha bela chácara de Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos prósperos, era solteiro, possuía trezentos contos e fui acompanhado ao cemitério por onze amigos. Galhofando dos ascendentes, fala da própria genealogia. Assevera que morreu de pneumonia apanhada quando trabalhava num invento farmacêutico, um emplastro medicamentoso. Virgília, sua ex-amante, que já não via há alguns anos, visitou-o nos últimos dias de vida. Narra Brás Cubas um delírio que teve durante a agonia: montado num hipopótamo foi arrebatado por uma extensa e gelada planície, até o alto de uma montanha, de onde divisa a sucessão dos séculos. Além dos pais, tiveram grande influência na educação do pequeno Brás Cubas três pessoas: tio João, homem de língua solta e vida galante; tio ldefonso, cônego, piedoso, e severo; dona Emerenciana, tia materna, que viveu pouco tempo. Brás passou uma infância de menino traquinas, mimado demasiadamente pelo pai. Aos dezessete anos apaixona-se por Marcela, dama espanhola, com quem teve as primeiras experiências amorosas. Para agradar Marcela, Brás começa a gastar demais, assumindo compromissos graves e endivida-se. Marcela gostava de jóias, e Brás procurava fazer-lhe todos os gostos. Marcela amou-me, diz Brás Cubas, durante quinze meses e onze contos de réis. Quando o pai tomou conhecimento dos esbanjamentos do filho, mandou-o para a Europa: vais cursar uma Universidade, justificou. Em Coimbra, Brás segue o curso jurídico e bachare-la-se. Depois, atendendo a um chamado do pai, volta ao Rio. A mãe estava moribunda. E, de fato chega ao Brasil, e a mãe falece. Passando uns dias na Tijuca, conhece Eugênia, moça bonita, mas com um defeito na perna que a fazia coxear um pouco. Com ela mantém um romance passageiro. O pai de Brás tem duas ambições para o filho: quer casá-lo e fazê-lo deputado. Tudo faz para encaminhá-lo no rumo do casamento e procura aumentar o círculo de amigos influentes na política, a fim de preparar o caminho para o futuro deputado. Assim é que Brás Cubas é apresentado ao Conselheiro Dutra, que promete ajudar ao jovem bacharel na pretendida ascensão política. Brás nesta altura vem a conhecer Virgília, filha do Conselheiro Dutra, pela qual se apaixona. Parecia, com isso, que os sonhos do pai sobre Brás estavam prestes a realizar-se: bem-encaminhado na política e quase noivo. Entretanto acontece um imprevisto: surge Lobo Neves, que não somente lhe rouba a namorada, mas também cai nas boas graças do Conselheiro Dutra. Vendo assim preterido o filho, o pai de Brás sente-se profundamente desapontado e magoado. Veio a falecer dali a alguns meses, de um desastre. Virgília casa-se com Lobo Neves e, pouco tempo depois, vê eleito deputado o marido. Mas, na verdade, Virgília casara-se com Lobo por interesse, e ama realmente Brás Cubas. Virgília e Brás principiam a encontrar-se com freqüência e, em breve, tornam-se amantes. Lobo Neves adora a esposa e nela confia inteiramente. Aliás não tinha muito tempo para observar o que se passa, já que estava entregue totalmente à política. Narra nesta altura Brás Cubas o encontro que teve com seu ex-colega de escola primária, Quincas Borba, que se tornara um infeliz mendigo de rua. Depois do encontro com Quincas, Brás percebe que o maltrapilho lhe roubara o relógio. Os encontros amorosos entre Virgília e Brás suscitam comentários e mexericos dos vizinhos, amigos e conhecidos. Por esse motivo, Brás propõe a Virgília a fuga para um lugar distante. Virgília, porém, pensa no marido que a ama e na família, e sugere uma casinha só nossa, metida num jardim, em alguma rua escondida. A idéia parece boa a Brás, que sai remoendo a proposta: uma casinha solitária, em alguma rua escura. Virgília e sua ex-empregada, chamada dona Plácida, se encarregam de adornar a casa e, aparentemente, quem ali reside é Dona Plácida. Ali os dois amantes se encontram sem maiores embaraços, e sem despertarem suspeitas. Sucede que, por motivos políticos, Lobo Neves é designado como presidente de uma província e, dessa forma, tem de afastar-se com a mulher. Brás fica desesperado e pede a Virgília que não o abandone. Quando tudo parece sem solução, eis que surge Lobo Neves e, para agradar ao amigo da família, convida Brás Cubas a acompanhá-lo, como secretário. Brás aceita. Os mexericos se tornam mais intensos e Cotrim, casado com Sabina, irmã de Brás Cubas, procura fazer ver ao cunhado que a viagem seria uma aventura muito perigosa. Mais por superstição do que pelos conselhos de Cotrim, Lobo Neves acaba não aceitando mais o cargo de presidente, porque o decreto de nomeação saíra publicado no Diário Oficial num dia 13, e Lobo Neves tinha pavor do número treze, considerado um número fatídico. Lobo Neves recebe uma carta anônima denunciando os amores da esposa com o amigo. Isso faz com que os dois amantes se mostrem mais reservados, embora continuem encontrando-se na Gamboa (onde ficava a casa de dona Plácida). Surge então um acontecimento que vem alterar a situação dos personagens: Lobo Neves é novamente nomeado presidente, e desta vez parte então para o interior do país, levando consigo a esposa. Brás procura distrair-se e esquecer a separação. Aliás, o tempo se havia escoado e, embora ainda se sentisse forte e com saúde, era já um cinquentão. A irmã Sabina, que vinha procurando "arranjar" um casamento para Brás, volta a insistir em seu objetivo. A candidata, uma moça prendada, chamava-se nhá-Loló. Mesmo sem entusiasmo, Brás aparenta interesse pela pretendente, mas nhá-Loló vem a falecer durante uma epidemia. O tempo vai passando. Mais por distração do que por idealismo, faz-se deputado e, na assembléia, vem a encontrar-se com Lobo Neves que havia voltado da província. Encontra-se também com Virgília, que não tinha a beleza antiga que o havia atraído anteriormente. Assim, por desinteresse recíproco, chegam ao fim os amores de Brás e Virgília. Quincas Borba, o mendigo, reaparece e lhe restitui o relógio, passando a ser um freqüentador da casa de Brás. Quincas Borba estava mudado: não era mais mendigo, recebera uma herança de um tio em Barbacena. Virara filósofo. Havia inventado uma nova teoria filosófica-religiosa, o Humanismo, e não falava noutra coisa. O próprio Brás Cubas passa a interessar-se muito pelas teorias de Quincas Borba. Morre, por esse tempo, Lobo Neves, e Virgília chorou com sinceridade o marido, como o havia traído com sinceridade. Também vem a falecer Quincas Borba, que havia enlouquecido completamente. Brás Cubas deixou este mundo pouco depois de Quincas Borba, por causa de uma moléstia que apanhara quando tratava de um invento seu, denominado emplastro Brás Cubas. E o livro conclui:
Ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria. O mais importante da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas certamente não é o enredo e sim a linguagem utilizada por Machado de Assis. A denúncia subentendido da sociedade, por meio da leve ironia e humor.

Produção de cestos Artesenalmente


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Resumo de Dom Casmuro Autor: Machado de Assis

Resumo do Livro autor conta a vida de um garoto no final do Século Passado, brilhantemente narrado em 1a pessoa, deixando a dúvida se estes acontecimentos aconteceram ou não na vida do autorNo começo ele foi ele diz porque foi apelidado de Dom Casmurro, o (Casmurro) porque o povo achava ele um homem calado e metido consigo. E (DOM) veio por ironia para atribuir-lhe o brilho da nobrezaO pai dele estava numa antiga fazenda em Itaguaí e o Bentinho (Dom Casmurro) onde acabava de nascer, quando o seu pai estava mal de saúde e na obra do acaso apareceu um médico homeopata chamado José Dias e o curou e não quis receber remuneração e então o pai de Bentinho propôs que José Dias ficasse ali vivendo com eles, com um pequeno ordenado. Ele foi embora mais dizendo que voltava dali à alguns meses, voltou em 2 semanas e aceitou viver na casa tendo a serventia de médico da casa. O pai dele foi eleito deputado e foram para o Rio de Janeiro com a família, José Dias veio também tendo o seu quarto no fundo da chácara. Seu pai voltou a ficar doente com uma febre alta, nisso José Dias confessou-se que não era médico, mais a medicina homeopata o agradava e era um ciência em crescimento. Seu pai logo depois acabou morrendo. Mesmo assim a mãe de Bentinho pediu para José Dias que ficasse. Sua Mãe que se chamava Daí conta a história que depois de perder seu primeiro filho Dona Glória fez uma promessa que se o nascesse um filho, ela faria um padre em agradecimento à Deus. Capitu, que era sua vizinha, e bentinho, ainda novos brincavam de fazer missa dividindo a hóstia, etc. Ele começou a gostar de Capitu sem ela saber. Ele descobriu que ela também gostava dele quando leu no muro o nome "Bento e Capitolina" rabiscados com um prego.Bentinho por varias razões prometia que ia rezar mil Padre-Nossos e mil Ave-Marias como promessa. E os desejos se realizavam e as promessa se acumulavam, não cumprindo nenhumas. Ele faz tudo o que a mãe, até cocheiro de ônibus ele seria, menos padre mesmo sendo uma carreira bonita não era para ele essa vocação.Bentinho começou a se encontrar nas escondidas com Capitu correndo até o perigo de serem vistos juntos se beijando. Sua mãe já estava decidia que Bentinho iria entra no seminário com o padre Cabral e que ele iria ver a família aos sábados e aos feriados. Então estava decidido ele iria para o seminário no primeiro ou no segundo mês do ano que vem, que só faltava 3 meses para ir para o seminário. Capitu ficou triste de saber que ele iria e ficou com medo que acaba-se o amor entre eles. Ainda faltava um tempo, para ele se despedir para ir embora e eles já faziam juramento um para o outro que quando ele voltar iriam se casar e por qualquer motivo de doença ou alguma coisa desse tipo ele voltaria a qualquer hora. Bentinho tentou junto com Capitu varias idéias mirabolantes para fugir do seminário até pedir ao Imperador para falar para a mãe dele esquecer da Idéia. Mais nunca deu certo. Falou com José Dias para convencer sua mãe, de poucos em poucos. Isso alegrou José Dias que viajaria com Bentinho para a Europa para estudar nas melhores escolas do mundo. Mais foi tudo em vão, ele teve que ir logo para o seminário.Meses depois foi para o seminário de S. José. O padre Cabral falou que se dentro de dois anos ele não tiver vocação para isso poderá escolher outra coisa. Todo mundo que estava de acordo com que ele fosse para o seminário agradeceu ao padre em ter convencido Bentinho, e que qualquer problema estava a disposição. Bentinho foi para o seminário mas com ressentimento de arrependimento. Ele só estava pensando em sair de lá. Mais se passou alguns meses e ele queria que escapar de lá antes de completar o prazo do Padre Cabral. Estava louco para ir para casa até que arranjou um sábado que desse para ele ir até casa. Capitu estava mesmo apaixonada por Bentinho e seus planos era esperar ele sair do seminário para se casar. Bentinho estava preocupado porque foram buscar ele no seminário e ele logo pensou que seria alguma coisa de ruim e não deu outra sua mãe ficou doente estava por um fio entre a vida e a morte, e para Bentinho isso era péssimo porque era sua mãe, mas por outro lado era bom que com a morte da mãe ele sairia do seminário, mais iria ficar cheio de remorso. Mas até ai correu tudo bem sua mãe acabou melhorando. Bentinho conheceu Escobar, um amigo que encontrou no seminário e era o único que ele podia contar seus segredos, fora Capitu que estava apaixonada por ele mais estava longe dele.Bentinho não agüentava mais ficar no seminário ele teria que sair dali de qualquer jeito estava lhe tornando impossível ficar só pensando em Capitu e as coisas que pudera fazer lá fora. Bentinho foi para casa e perguntou aonde que estava Capitu e sua mãe falou que ela tinha ido dormir na casa de Sinházinha Sancha Gurgel que é sua amiga e mora na rua dos Inválidos. A Prima Justina insinuou que ela foi para lá para namorar, deixando Bentinho louco de ciúme. Viu que Capitu estava demorando Bentinho esperou dar onze horas e correu para à rua dos Inválidos. Lá quando chegou viu o velho Gurgel preocupado com o estado de saúde de sua filha Sancha. Entrando viu Capitu cuidando da febre de Sancha. O velho Gurgel até comentou como Capitu parecia com sua falecida mulher e como ela ainda seria uma boa mãe. Vendo que Capitu não estava flertando com outros garotos, Bentinho ficou mais sossegado. Assim foi passando o tempo, com intermináveis semanas no seminário e com fins-de-semana de descanso em casa. Escobar foi até a casa de Bentinho algumas vezes. Teve uma hora que Bentinho não agüentou conversou com Capitu sobre fugir do seminário. Com idéias de mandar José Dias até o papa para cancelar a promessa. Mais Capitu acabou com essa idéia. E mandou pensar bem antes de cometer qualquer loucura. Então Bentinho foi pedir a opinião de Escobar sobre a idéia do papa. Então Escobar teve a grande idéia que conseguiu tirar Bentinho do seminário. A Idéia que Escobar teve foi levar a promessa ao pé da letra "Se Tiver um filho, farei um padre", na promessa diz que "fará um padre", não especificando que seria seu filho. Esse argumento serviu para Dona Glória, que pegou um órfão para ordena-lo padre. Assim depois de um tempo ambos sairam do seminário.O livro pula a época que não houve nada de importante e vai para logo depois quando houve o casamento de Bentinho + Capitu e Escobar + Sancha Gurgel. O tempo passou todos relativamente felizes, Bentinho se formou em Direito e Escobar estava no ramo do comércio. Tempo depois Escobar teve uma filha que chamou de Capitu. Depois de muitas tentativas falhadas, Capitu e Bentinho, não conseguiram ter um filho. Capitu até chamou Escobar para acertar as contas para que se logo tivessem o filho já teriam tudo pronto. Meses depois conseguiram finalmente ter um filho que respectivamente o chamaram de Ezequiel que era o primeiro nome de Escobar, como se fosse uma homenagem trocada. Depois disso com laço de união das famílias, até planejavam uma viajem para a Europa, com as duas famílias. Mais no dia seguinte em una trágica manhã, Bentinho sentou-se na sua sala para estudar os processos que usaria no seu trabalho notou a fotografia de Escobar que tinha em casa e notou um estranha semelhança entre Escobar e seu filho, mais foi interrompido quando um escravo bateu na porta e que deu a notícia que Escobar teria morrido afogado na praia. Assim Bentinho esqueceu sua desconfiança e foi ver o corpo na praia.Logo ocorreu o enterro, Bentinho fez até um discurso sobre o morto tão bom que queriam publica-lo. Mais sua dúvida continuava sobre a semelhança entre o falecido e seu filho.O tempo passou e sua desconfiança foi aumentando. Depois de fazer alguns cálculos de tempo, teve quase certeza daqueles encontros de Escobar e Capitu quando eles tinham que fazer aquelas contas. E também porque as semelhanças também estavam aumentando. O sentimento de Traição era horrível e Bentinho até tentou se suicidar, mais notou que apesar de Ezequiel poderia se um filho bastardo, lembrou que havia ainda o sentimento amoroso entre pai e filho. Isso fez Bentinho esquecer da tentativa de suicídio e partir para uma separação amigável com Capitu. Viajou com sua família para a Suíça, voltando depois, deixando os lá para que o filho tivesse boa educação. Assim depois de um bom tempo Capitu lá morreu e Ezequiel voltou para contar as novidades para o pai.Assim Ezequiel voltou já grande e formado em arqueologia, agora idêntico a Escobar. Contou que sua mãe foi enterrada na Suíça e que ele já estava de partida para o Oriente Médio para fazer um estudo sobre as pirâmides. Algum tempo depois recebeu a notícia que Ezequiel morrera lá de febre tifóide e foi enterrado em terreno sagrado.Acabando aí, o autor enfatiza a idéia que seu conto não passo de uma História de Subúrbio. Coisas que acontecem todo dia, que faz parte do cotidiano da humanidade.

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Resumo Vidas Secas Gracilisno Ramos

A literatura da época
Após a revolução artística, fruto das novas tendências modernistas, no período de 1922 a 1930, surge uma Literatura Brasileira de caráter social e de um realismo regionalista. Essa nova tendência brasileira surgiu depois do famoso Congresso Regionalista de Recife, em 1926, organizado por Gilberto Freire, José Lins do Rego e José Américo de Almeida. Esse congresso tinha como proposta básica organizar uma literatura comprometida com a problemática nordestina: a seca, as instituições arcaicas, a corrupção, o coronelismo, o latifúndio, a exploração de mão-de-obra, o misticismo fanatizante e os contrastes sociais. Nessa literatura, chamada de Prosa Regionalista de 1930, devemos incluir José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado, Graciliano Ramos e Érico Veríssimo, este último com a retratação do Rio Grande do Sul. Estudaremos, a seguir, o mais importante dos autores desta época, Graciliano Ramos.
Vida Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrângulo, Alagoas, filho de Sebastião Ramos de Oliveira e de Maria Amélia Ferro Ramos. Dois anos depois, a família muda-se para Buíque, Pernambuco, e logo depois volta para Alagoas, morando em Viçosa e Palmeira dos Índios ate 1914. Graciliano estuda, então, e trabalha na loja do pai comerciante. Em 1914, vai para o Rio de Janeiro, onde mora durante um ano e trabalha como jornalista. No ano seguinte, volta para Palmeira dos Índios e se casa com Maria Augusta Barros, que morre cinco anos depois. Graciliano já, nessa época, escreve para jornais e trabalha com comércio. Seu segundo casamento, com Heloísa Medeiros, ocorre em 1928, no mesmo ano em que e eleito prefeito de Palmeira dos Índios, cidade que seria palco de seu primeiro romance Caetés. Em 1930, renuncia à prefeitura e vai para Maceió, onde e nomeado diretor da Imprensa Oficial, mas demite-se no ano seguinte, voltando em seguida para Palmeiras dos Índios, onde funda uma escola e escreve o romance São Bernardo. Em 1933, é nomeado diretor da Instrução Pública de Alagoas e volta a Maceió. Sua carreira e interrompida em 1936, quando é demitido por motivos políticos. Nesse mesmo ano, publica o romance Angústia e acaba sendo preso e enviado ao Rio de Janeiro. Dessa fase em que passa preso resultaria, mais tarde, seu livro Memórias do Cárcere. Ao sair da prisão, em 1937, passa a morar no Rio de Janeiro, onde escreve para jornais. No ano seguinte, publica a obra Vidas Secas, escrita num quarto de pensão. Em 1939, e nomeado Inspetor Federal do Ensino. Somente em 1945, Graciliano entra para o Partido Comunista Brasileiro e, sete anos depois, faz uma viagem a Tchecoslováquia e à União Soviética. Graciliano Ramos morre em 20 de março de 1953 sem nunca ter retratado uma paisagem do Rio de Janeiro. Conta-se que certa vez andava com um de seus filhos, a pé, pela cidade. Chegaram a Laranjeiras, onde moravam. O filho parou de repente e exclamou: "Como isso aqui e bonito!”. Graciliano ficou surpreso e perguntou se ele achava aquela cidade tão bonita assim. Para Graciliano, Alagoas era seu único universo.


Vidas Secas (Graciliano Ramos)
A obra Vidas Secas é uma narrativa em terceira pessoa ambientada no sertão nordestino que conta a saga de uma família de retirantes. Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais moço e a cadela Baleia, animal de estimação que representava quase um membro da família. O vaqueiro Fabiano e sua família perambulam pelo sertão inóspito em busca da sobrevivência até que chegam a uma fazenda abandonada e ali se instalam por um tempo. Dividida em treze capítulos independentes, a obra se caracteriza pela fusão de elementos que compõe o cenário da seca nordestina. Homem, paisagem, sentimento, bicho, terra, humilhação e seca. A opressão do homem pelo homem e pelo poder público. A natureza estéril, o isolamento e a falta de perspectiva fazem com que os humanos sofram uma regressão, animalizando-os. A linguagem escassa, as expressões concisas e rudes embrutecem Fabiano que se compara com os animais. A escassez de diálogos entre Fabiano e a família revela a falta de afetividade e o reduzido mundo mental em que vivem. Em contrapartida a cadela Baleia, o bicho de estimação ganha sentimentos e ações humanas. Baleia é considerada um membro da família dos retirantes até que adoece e é sacrificada pelo dono (Fabiano), que com um tiro de espingarda estraçalha sua perna traseira. Antes de morrer, a cadela apresenta um monólogo interior emocionante, como gente, ela faz um balanço de sua relação e fidelidade com Fabiano, o monólogo impressiona pela carga de sentimentos humanos que o caracterizam, pois o bicho é capaz de perdoar seu dono. O contraste entre o bicho humanizado e o homem animalizado, regredindo à condição de selvagem, mostra a eterna luta pela sobrevivência, onde o fluxo do flagelo da seca é ininterrupto. As cenas finais passam a idéia clara de adiar a morte, onde Fabiano e sua família retomam a caminhada sem esperança e sem alternativa.
ESTUDO DOS PERSONAGENS Baleia - cadela da família, tratado como gente, muito querido pelas crianças.
Sinhá Vitória - mulher de Fabiano, sofrida, mãe de dois filhos, lutadora e inconformada com a miséria em que vivem, trabalha muito na vida.
Fabiano - nordestino pobre ignorante que desesperadamente procura trabalho, bebe muito e perde dinheiro no jogo.
Filhos - crianças pobres sofridas e que não tem noção da própria miséria que vivem.
Patrão - contratou Fabiano para trabalhar em sua fazenda, era desonesto e explorava os empregados.
Outros personagens: o soldado, seu Inácio (dono do bar).
ESTUDO DA LINGUAGEM Tipo de discurso: indireto livreFoco narrativo: terceira pessoa

Adriana e Marieli

Aparelho Localizador GPS. Usado para fazer o Plano altimétrico da área escolar

O Sistema de Posicionamento Global, vulgarmente conhecido por GPS (do acrónimo do inglês Global Positioning System), é um sistema de posicionamento por satélite, por vezes incorrectamente designado de sistema de navegação, utilizado para determinação da posição de um receptor na superfície da Terra ou em órbita.O sistema GPS foi criado e é controlado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, DoD, e pode ser utilizado por qualquer pessoa, gratuitamente, necessitando apenas de um receptor que capte o sinal emitido pelos satélites. O DoD fornece dois tipos de serviços GPS: Standard e Precision. Contrariamente ao que inicialmente acontecia, actualmente os dois serviços estão disponíveis em regime aberto em qualquer parte do mundo. O sistema está dividido em três partes: espacial, de controlo e utilizador. O segmento espacial é composto pela constelação de satélites. O segmento de controlo é formado pelas estações terrestres dispersas pelo mundo ao longo da Zona Equatorial, responsáveis pela monitorização das órbitas dos satélites, sincronização dos relógios atómicos de bordo dos satélites e actualização dos dados de almanaque que os satélites transmitem. O segmento do utilizador consiste num receptor que capta os sinais emitidos pelos satélites. Um receptor GPS (GPSR) descodifica as transmissões do sinal de código e fase de múltiplos satélites e calcula a sua posição com base nas distâncias a estes. A posição é dada por latitude, longitude e altitude, coordenadas geodésicas referentes ao sistema WGS84.

Planejamento Paisagismo com Plano Altimetro


Resumo do Livro São Bernardo

São Bernardo - Graciliano Ramos - resumo
PERSONAGENS:
Paulo Honório: um dos protagonista da obra, é um capitalista tacanho, ou seja o homem que faz por si mesmo;
Madalena: a outra protagonista, delicada e instruída;
Luis Padilha: proprietário do São Bernardo, filho do ex-patrão de Paulo Honório;
D. Gloria: tia de Madalena;
Casemiro:capanga que ajudou Paulo a matar Mendonça, o velho da fazenda ao lado;
João Nogueira:o advogado;
Ribeiro:o guarda-livros;
Silvestre:o padre;
Gondim:o jornalista;

Abandonado pelo pai, criado por uma negra, a doceira Margarida, Paulo Honório, aos dezoito anos, tem a primeira experiência sexual, de que decorre a primeira violência: esfaqueia João Fagundes, quando este se engraça com Germana, a "cabritinha sarará" que possuiu.
Neste tempo, já pensava em ganhar dinheiro, sendo que trabalhos na enxada até então, dentre outros lugares em São Bernardo, onde permanecera no eito e de que desejava se tornar senhor.
Emprestando dinheiro a juros, negociando no sertão, passando fome e sede, Paulo Honório acumula algum capital e com ele volta à sua terra, município de Viçosa, Alagoas. Aí ficava a fazenda de São Bernardo, cujo novo dono, Luis Padilha - filho do falecido patrão de Paulo, Salustiano Padilha - é beberrão, mulherengo e incompetente.
Aproxima-se então de Padilha com o propósito calculado de tirar-lhe a propriedade. Consegue ter êxito fazendo-se seu amigo, emprestando-lhe dinheiro, dando-lhe maus conselhos sobre o cultivo da fazenda. Quando vence a ultima letra que Padilha devia a Paulo, dirige-se a São Bernardo (fazenda) e praticamente rouba a propriedade de Padilha, que, arruinado, acaba por vendê-la a preço irrisório.
Com violência e determinação, Paulo Honório, começa a reconstruir a fazenda. Através do Capanga Casemiro Lopes, assassina o velho Mendonça, da propriedade vizinha. Invade os domínios vizinhos, compra maquinas, empresta dinheiro de bancos, comete grandes e pequenas violências, ganha causas no fórum graças a trapaças de João Nogueira, o advogado que o protegia.
Além do capanga e do advogado, Paulo Honório contava com o jornalista Gondim, com o Padre Silvestre e com os políticos da terra, que manejava de acordo com os seus interesses, a fim de vencer. Reconstruída a casa, iniciada a pomicultura, a avicultura, a plantação de algodão, e Paulo Honório resolve-se casar-se.
Conhece Madalena, a professora da Vila, e simpatiza com ela. na mesma determinação, no mesmo pragmatismo com que conseguiu a posse e o progresso de São Bernardo, consegue desposá-la. Madalena muda-se para a fazenda em companhia da tia Glória.
A vida de Paulo Honório modifica-se a partir dai num processo lento, mas fatal de ruína: Madalena, humanitária e esclarecida, interfere em sua rotina de domínio e de exploração. Ajuda os empregados e melhora a situação da escola que Paulo Honório construíra na fazenda apenas para "agradar"o governador (cujo o professor era Luis Padilha, o antigo dono da São Bernardo). Trabalha com o guarda-livros, o seu Ribeiro, mostrando uma conduta que Paulo considerava inadequada às mulheres: comunista e intelectual. As brigas entre Madalena e Paulo Honório continuam desde o casamento. Isso por causa da generosidade de Madalena e da violência de Paulo Honório.
Madalena não resiste aos maus tratos do marido e suicida-se. Com a sua morte Paulo Honório vai perdendo outras pessoas: D. Glória, seu Ribeiro, o Padilha, e também a obsessão de produzir e ganhar dinheiro.
A revolução de 30 dificulta-lhe os negócios e ele não reage. São Bernardo fenece sob os olhos indiferentes do proprietário, que começa então a sentir a derrota de sua antiga imponência: a presença de Madalena perseguindo-o, denunciando a coisificação estúpida que imprimiu em tudo de que se aproximou.
Através de lá, a quem a amava, sem conhecer esse sentimento, Paulo Honório compreende o "aleijão" que se tornara. Deformado pela profissão, que o afastou das pessoas e das relações humanas, substituindo-as por relações de posse, de domínio, de poder. Ele reconhece a própria monstruosidade.
Impotente para se transformar, sem ter simpatia pelos infelizes que o rodeiam, inclusive pelo filho de três anos, desconfiado de tudo e de todos, Paulo Honório amarga a solidão e isolamento escrevendo um romance e buscando, assim , o sentido da sua vida.
Composto por trinta e seis capítulos, este romance combina a objetividade e concisão do enredo com a subjetividade e a emoção revelada nos monólogos. Eles intensificam a dramática da narração, interrompendo-a.
O social e o psicológico se fundem em São Bernardo para criar uma obra de profunda análise das relações humanas. Este é, sem dúvida, um dos romances mais densos da literatura brasileira. Uma das obras-primas de Graciliano, é narrado em primeira pessoa por Paulo Honório, que se propõem a contar sua dura vida em retrospectiva, de guia de cego a proprietário da Fazenda São Bernardo. Ele sente uma estranha necessidade de escrever, numa tentativa de compreender, pelas palavras, não só os fatos de sua vida como também a esposa, suas atitudes e seu modo de ver o mundo. A linguagem é seca e reduzida ao essencial. Paulo Honório narra a difícil infância, da qual pouco se lembra excetuando o cego de que foi guia e a preta velha que o acolheu. Chegou a ser preso por esfaquear João Fagundes por causa de uma antiga amante. Possuidor de fino tato para negócios, viveu de pequenos biscates pelo sertão até se aproveitar das fraquezas de Luís Padilha - jogador compulsivo. Comprou-lhe a fazenda São Bernardo onde trabalhara anos antes. Astucioso, desonesto, não hesitando em amedrontar ou corromper para conseguir o que deseja, vê tudo e todos como objetos, cujo único valor é o lucro que deles possa obter.Trava um embate com o vizinho Mendonça, antigo inimigo dos Padilhas, por demarcação de terra. Mendonça estava avançando suas terras em cima de São Bernardo. Logo depois, Mendonça é morto enquanto Honório está na cidade conversando com Padre Silveira sobre a construção de uma capela na sua fazenda. São Bernardo vive um período de progresso. Diversificam-se as criações, invade terras vizinhas, constrói açude e a capela. Ergue uma escola em vista de obter favores do Governador. Chama Padilha para ser professor.
Estando a fazendo prosperando, Paulo Honório procura uma esposa a fim de garantir um herdeiro. Procura uma mulher da mesma forma que trata as outras pessoas: como objetos. Idealiza uma mulher morena, perto dos trinta anos, e a mais perto da sua vontade é Marcela, filha do juiz. Não obstante conhece uma moça loura, da qual já haviam falado dela. Decide por escolher essa. A moça é Madalena, professora da escola normal. Paulo Honório mostra as vantagens do negócio, o casamento, e ela aceita. Não muito tempo depois de casado, começam os desentendimentos. Paulo Honório, no início, acredita que ela com o tempo se acostumaria a sua vida. Madalena, mulher humanitária e de opinião própria, não concorda com o modo como o marido trata os empregados, explorando-os. Ela torna-se a única pessoa que Paulo Honório não consegue transformar em objeto. Dotada de leve ideal socialista, Madalena representa um entrave na dominação de Honório. O fazendeiro, sentindo que a mulher foge de suas mãos, passa a ter ciúmes mórbidos dela, encerrando-a num círculo de repressões, ofensas e humilhações. O casal tem um filho mas a situação não se altera. Paulo Honório não sente nada pela sua criança, e irrita-se com seus choros. A vida angustiada e o ciúme exagerado de Paulo Honório acabam desesperando Madalena, levando-a ao suicídio.
É acometido por imenso vazio depois da morte da esposa. Sua imagem o persegue. As lembranças persistem em seus pensamentos. Então, pouco a pouco, os empregados abandonam São Bernardo. Os amigos já não freqüentam mais a casa. Uma queda nos negócios leva a fazenda a ruína. Sozinho, Paulo Honório vê tudo destruído e, na solidão, procura escrever a história da sua vida. Considera-se aleijado, por ter destruído a vida de todos ao seu redor. Reflete a influência do meio quando afirma: "A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste."Renato Lima
Cassiano e Flàvio

Resumo do Livro Capitães de Areia Jorge Amado

Capitães da Areia (Jorge Amado) Resumo
Os Capitães da Areia são um grupo de meninos de rua. O livro é dividido em três partes. Antes delas, no entanto, via uma seqüência de pseudo-reportagens, explica-se que os Capitães da Areia são um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador. Os únicos que se relacionam com eles são Padre José Pedro e uma mãe-de-santo. O Reformatório é um antro de crueldades, e a polícia os caçam como os adultos antes do tempo que são. A primeira parte em si, "Sob a lua, num velho trapiche abandonado" conta algumas histórias quase independentes sobre alguns dos principais Capitães da Areia (o grupo chegava a quase cem, morando num trapiche abandonado, mas tinha líderes). Pedro Bala, o líder, de longos cabelos loiros e uma cicatriz no rosto, uma espécie de pai para os garotos, mesmo sendo tão jovem quanto os outros, e depois descobre ser filho de um líder sindical morto durante uma greve; Volta Seca, afilhado de Lampião, que tem ódio das autoridades e o desejo de se tornar cangaceiro; Professor, que lê e desenha vorazmente, sendo muito talentoso; Gato, que com seu jeito malandro acaba conquistando uma prostituta, Dalva; Sem-Pernas, o garoto coxo que serve de espião se fingindo de órfão desamparado (e numa das casas que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim, mesmo sem querer fazê-lo de verdade); João Grande, o "negro bom" como diz Pedro Bala, segundo em comando; Querido-de-Deus, um capoeirista que é só amigo do grupo; e Pirulito, que em grande fervor religioso. O ápice da primeira parte vem em duas partes: quando os meninos se envolvem com um carrossel mambembe que chegou na cidade, e exercem sua meninês; e quando a varíola ataca a cidade e acaba matando um deles, mesmo com Padre José Pedro tentando ajudá-los e se encrencando por isso. A segunda parte, "Noite da Grande Paz, da Grande Paz dos teus olhos", surge uma história de amor quando a menina Dora torna-se a primeira "Capitã da Areia", e mesmo que inicialmente os garotos tentem tomá-la a força, ela se torna como mãe e irmã para todos. (O homossexualismo é comum no grupo, mesmo que em dado momento Pedro Bala tente impêdi-lo de continuar, e todos eles costumam "derrubar negrinhas" na orla.) Mas Professor e Pedro bala se apaixonam por ela, e Dora se apaixona por Pedro Bala. Quando Pedro e ela são capturados (ela em pouco tempo passa a roubar como um dos meninos), eles são muito castigados, respectivamente no Reformatório e no Orfanato. Quando escapam, muito enfraquecidos, se amam pela primeira vez na praia e ela morre, marcando o começo do fim para os principais membros do grupo. "Canção da Bahia, Canção da Liberdade", a terceira parte, vai nos mostrando a desintegração dos líderes. Sem-Pernas se mata antes de ser capturado pela polícia que odeia; Professor parte para o RJ para se tornar um pintor de sucesso, entristecido coma morte de Dora; Gato se torna uma malandro de verdade, abandonando eventualmente sua amante Dalva, e passando por ilhéus; Pirulito se torna frade; Padre José Pedro finalmente consegue uma paróquia no interior, e vai para lá ajudar os desgarrados do rebanho do Sertão; Volta Seca se torna um cangaceiro do grupo de Lampião e mata mais de 60 soldados antes de ser capturado e condenado; João Grande torna-se marinheiro; Querido-de-Deus continua sua vida de capoeirista e malandro; Pedro Bala, cada vez mais fascinado com as histórias de seu pai sindicalista, vai se envolvendo com os doqueiros e finalmente os Capitães da Areia ajudam numa greve. Pedro Bala abandona a liderança do grupo, mas antes os transforma numa espécie de grupo de choque. Assim Pedro Bala deixa de ser o líder dos Capitães da Areia e se torna um líder revolucionário comunista. Este livro foi escrito na primeira fase da carreira de Jorge Amado, e nota-se grandes preocupações sociais. As autoridades e o clero são sempre retratados como opressores (Padre José Pedro é uma exceção mas nem tanto; antes de ser um bom padre foi um operário), cruéis e responsáveis pelos males. Os Capitães de Areia são heróicos, "Robin Hood"'s que tiram dos ricos e guardam para si (os pobres). O Comunismo é mostrado como algo bom, e o Padre José Pedro tem dúvidas quanto a posição da Igreja quanto ao assunto. No geral, as preocupações sociais dominam, mas os problemas existenciais dos garotos os transforma em personagens únicos e corajosos, corajosos Capitães da Areia de Salvador. Pesquisado por: Aline Deutner e Lídia Aline Dallabrida

Resumo do Livro A Escrava Isaura.

A Escrava Isaura de Bernardo Guimarães

A história se passa nos “primeiros anos do reinado de D. Pedro II”, inicialmente em uma fazenda em Campos dos Goitacazes (RJ). Isaura, escrava branca e bem-educada, é assediada pelo seu senhor, Leôncio, recém-casado com Malvina. Isaura se recusa a ceder aos apelos de Leôncio, como já fizera, no passado, sua mãe, que, por ter repelido o pai de Leôncio, fora submetida a um tratamento tão cruel que, em pouco tempo, morrera. Para forçá-la a ceder, Leôncio manda Isaura para a senzala, trabalhar com as outras escravas. Sempre resignada, suporta passivamente o seu destino, porém, não cede a Leôncio, afirmando que ele, como proprietário, era senhor de seu corpo, mas não de seu coração: “ - Não, por certo, meu senhor; o coração é livre; ninguém pode escravizá-lo, nem o próprio dono.” Leôncio, enfurecido, ameaça colocá-la no tronco. No entanto, seu pai, ex-feitor da fazendo, consegue tirá-la de lá e foge com ela para Recife (PE). Em Recife, Isaura usa o nome de Elvira e vive reclusa numa pequena casa com seu pai. Então, conhece Álvaro, por quem se apaixona e é correspondida. Vai a um baile com ele, onde é desmascarada e reconhecida. Álvaro, ainda que surpreso, não se importa com o fato de ela ser uma escrava e resolve impedir que Leôncio a leve de volta, inclusive tentando comprá-la. Mas não consegue convencer o vilão, e este leva Isaura de volta ao cativeiro na fazenda. Leôncio está praticamente falido e, com o objetivo de conseguir um empréstimo do pai de Malvina, consegue se reconciliar com a mulher, afirmando que Isaura é quem o assediava. Então, para punir Isaura, Leôncio manda que ela se case com Belchior, jardineiro da fazenda. Entretanto, Álvaro descobre a falência de Leôncio e compra a dívida dos seus credores, tornando-se proprietário de todos os seus bens, inclusive de seus escravos. No dia do casamento de Isaura, antes que se celebrasse a cerimônia, Álvaro aparece e reclama seus direitos a Leôncio. Vendo-se derrotado e na miséria, Leôncio suicida-se. Tudo termina, portanto, com a punição dos culpados e o triunfo dos justos. Como bem o sintetizou Carlos Alberto Vecchi: “A estrutura narrativa de A Escrava Isaura segue o modelo folhetinesco das histórias românticas: para atingir seu ideal e obter o reconhecimento de todos, o herói tem que realizar uma jornada perigosa, onde a própria vida é colocada em risco. O Amor, epicentro onde se debatem o Bem e o Mal, torna-se a força motriz que conduz ao restabelecimento do equilíbrio e da felicidade a todos que, em momento algum, se deixar intimidar pelos desmandos de Leôncio. O Mal extirpado (o suicídio de Leôncio) cede lugar ao Bem. E aqueles que nortearam suas ações pelas virtudes maiores é que estão aptos a receber o prêmio daí decorrente.”

( Veneranda Martins e Marlene Beck )

Resumo do Enredo Angústia.

Resumo do Enredo Angustia de Graciliano Ramos
Vamos tentar resumir o enredo de “Angústia”, o que não é nada fácil. O romance psicológico constrói-se exatamente pelo registro do fluxo de consciência dos personagens, e é impossível resumir esse movimento de vaivém incessante, com seus saltos e suas lacunas...
O protagonista é Luís da Silva, 35 anos, lotado na Diretoria do Tesouro, em Maceió, Alagoas. Ele revela profundos sentimentos de autodepreciação, de insatisfação com a vida que leva, “monótona e estúpida”. Ganha $500.000 réis de salário (aproximadamente uns cinco salários mínimos da época) e é submisso aos chefes. De origem rural, é um deslocado na cidade. Lembra com alguma admiração o avô Trajano, forte, decidido, possuidor de mulheres em seus tempos de esplendor e, com muitas reservas, o pai, Camilo, filho fraco, o único que escapou do casamento de Trajano e Sinhá Germana.
Luís sente-se fortemente atraído por uma vizinha nova, Marina, filha de D. Adélia e do eletricista Seu Ramalho. A atração é predominantemente sexual, já que os dois são diferentes demais para se entenderem: “Gosto da pequena, amarro uma pedra no pescoço e mergulho”.Visando ao casamento, o enxoval é preparado. Ela só pensa em roupas finas, jóias e tapetes, e Luís termina por esgotar suas parcas economias de três contos de réis, além de se endividar. Chegando com o presente de casamento, um anel e um relógio, surpreende-a a trocar olhares suspeitos com Julião Tavares, um tipo que se tinha introduzido forçadamente na vida de Luís, e por quem ele sempre nutrira uma aversão especial: era um homem rico, sócio da firma “Tavares & Cia”, negociantes de secos e molhados, e conquistador de mulheres.
Com o passar do tempo, fica bem caracterizada a preferência de Marina por Julião: “Se eu não tivesse cataratas no entendimento, teria percebido logo que ela estava com a cabeça virada”.
Amargurado, Luís se distancia de Marina; é-lhe inaceitável o que considera como prostituição da noiva: “Escolher marido por dinheiro. Que miséria!”O golpe veio romper o precário equilíbrio psicológico do protagonista, que não consegue desligar-se mentalmente de Marina e entra num furioso processo de fantasias, com predominância inicial daquelas de natureza sexual. Ora se entrega ao despeito e ao ciúme, ora imagina tudo esquecer e reaver Marina que, por seu turno, está cada vez mais firme com Julião Tavares, de quem recebe tudo aquilo de que gosta: roupas caras, jóias, passeios, idas à ópera, ao cinema, etc.
As fantasias de Luís da Silva tornam-se progressivamente mais obsessivas e gradualmente se vão fixando em alguns aspectos especiais: os arames (fios) da Cia. Nordeste, cordas, canos, cenas de assassinatos e prisões que em criança havia presenciado, casos de vingança de honra, etc.O seu comportamento se deteriora; falta às vezes ao serviço, na repartição; vive bebendo e fumando, perambula à toa pela cidade, de bodega em bodega, atola-se em dívidas, enquanto entra num processo mental francamente delirante. Poucos momentos de lucidez não conseguem deter tal decadência: com um pouco de método, pensava ocasionalmente, poderia recolocar a sua vida nos trilhos...
Marina aparece grávida e Julião Tavares vai-se afastando dela aos poucos. Em vez de recriminá-lo, a moça e D. Adélia entregaram tudo a Deus, “numa resignação estúpida e fatalista”.
Luís sente a imperiosa necessidade de fazer Julião Tavares morrer, e morrer enforcado, os olhos esbugalhados, a língua de fora. Seu Ivo, um mendigo que eventualmente passava por lá para pedir comida, presenteia-o com uma peça de corda. Ele se sobressalta desproporcionalmente, rejeitando, horrorizado, o presente que materializava, por assim dizer, as suas fantasias. Mas acaba guardando no bolso a peça e, doravante, não mais a largará. E as fantasias se fixam mais nas laçadas certeiras de Amaro, o vaqueiro; no enforcamento do velho e digno seu Evaristo, quando recebeu a desconsideração do padeiro; na cascavel que, certa vez, se enrolara no pescoço do avô Trajano...
A decadência psicológica e humana continua inexorável; Luís emagrece, quase não come, bebe demais; vigia e segue, como um autômato, Julião Tavares ou Marina. Nessa “tarefa”, vê-a entrar, certo dia, em casa de uma D. Albertina de tal, parteira diplomada. Imagina que ela foi abortar e, na saída, aborda-a e a insulta pesada e repetidamente: “Puta!” Num indício de dissociação de personalidade, “dizia-lhe o insulto, mas estava cheio de piedade”.
Descobre, também, que Julião estava de amante nova, residente no bairro de Bebedouro. Rastreando o “inimigo”, segue-o certa noite até à casa da amante. Depois que Tavares entra na residência, Luís continua andando, robotizado, até o fim da linha do bonde. Quando volta, de madrugada, sempre a pé, há uma espessa neblina dificultando a visão. Julião sai, bem à sua frente, da casa de Bebedouro. Valendo-se da névoa, acompanha-o sem ser notado, até que as circunstâncias lhe permitem atirar-se sobre ele e enforcá-lo, conseguindo ainda, após várias tentativas, alçá-lo ao galho de uma árvore próxima para simular suicídio. No instante do assassinato, Luís tem uma sensação de deslumbramento: “O homenzinho da repartição e do jornal não era eu. Esta convicção afastou qualquer receio de perigo. Uma alegria enorme encheu-me”.
Sempre a pé, sujo e esfarrapado, devido à luta e às circunstâncias do enforcamento, atordoado por fantasias e alucinações, consegue chegar até sua casa. Aí, a muito custo e de maneira desconexa, procura apagar os indícios do que ocorrera. Pelo resto da madrugada, na manhã e nos dias seguintes, experimenta aquilo que em psicopatologia chamamos de “delírios oniróides”, acompanhados de pensamentos obsessivos. Não conseguia entender o que lhe falavam, nem distinguia bem os visitantes.
“Sem memória, um idiota.” As coisas e pessoas conhecidas, as visões habituais do passado e do presente vinham, confundiam-se umas com as outras, numa ciranda sem fim. O tempo passava, mas no tempo não havia horas.” Predominam o sentimento de solidão e abandono, o cego da loteria gritando o nº 16.384. Um colchão de paina. “Milhares de figurinhas insignificantes. E era uma figurinha insignificante e mexia-me com cuidado para não molestar as outras. 16.384. Íamos descansar. Um colchão de paina.”
Ademir Covary!

Resumo do Livro A Hora da Estrela

A hora da estrela Clarice Lispecto


Uma feia moça nordestina, muito pobre, muito simplória, muito ignorante, mas também muita rica em peculiaridades que o narrador descobre nela, é a personagem central [protagonista] da história. Essa moça tem 19 anos, chama-se Macabea e vive no Rio de Janeiro, na Rua do Acre, próxima do cais do porto, onde compartilha, num velho sobrado, as vagas de um quarto muito modesto, com mais quatro moças [todas Marias e todas balconistas das Lojas Americanas].
Macabea trabalha como datilógrafa numa firma de representantes de roldanas, que fica na Rua do Lavradio. Quando viera para o Rio, ainda vivia com a tia beata, pessoa que a criara desde a morte dos pais, aos dois anos de idade, no sertão de Alagoas, onde a moça nascera. Mais tarde, foram morar em Maceió e, depois, não se sabe por quê, mudaram-se para o Rio. Só após a morte da tia é que Macabea vai viver no quarto da Rua do Acre.Os fatos propriamente ditos começam a ser narrados quando a nordestina recebe de seu chefe, Raimundo Silveira, [por quem ela estava secretamente apaixonada] o aviso de que será despedida por incompetência. Como Macabea aceita o fato com enorme humildade, o chefe se compadece e resolve não despedi-la imediatamente.Logo depois disso, num final de tarde chuvoso, dia 7 de maio, a moça encontra, por acaso, um rapaz também nordestino [Olímpico de Jesus], com quem inicia uma espécie de namoro. Esse namoro, porém, dura pouco, pois Olímpico, um operário ambicioso e de maus antecedentes, acaba trocando Macabea por Glória, sua colega, com quem ele acha que terá mais chances de 'subir na vida', já que ela era mais bonita e muito mais esperta do que Macabea.Glória, com certo sentimento de culpa por ter roubado o namorado da colega, sugere a Macabea que vá a uma cartomante, sua conhecida. Para isso, empresta-lhe dinheiro e diz-lhe que a mulher [Madame Carlota] era tão boa, que poderia até indicar-lhe o jeito de arranjar outro namorado. Macabea vai, então, à cartomante, que, primeiro, lhe faz confidências sobre seu passado de prostituta; depois, após constatar que a nordestina era muito infeliz, prediz-lhe um futuro maravilhoso, já que ela deveria casar-se com um belo homem loiro e rico - Hans - que lhe daria muito luxo e amor.Macabea sai da casa de Madame Carlota 'grávida de futuro', encantada com a felicidade que a cartomante lhe garantira e que ela já começava a sentir. Então, logo ao descer a calçada para atravessar a rua, é atropelada por um luxuoso Mercedes amarelo. E a morte vem lentamente, enquanto o narrador vai fazendo divagações e reflexões filosóficas, às vezes fóricas sobre Macabea, sua vida, seu destino e sobre o próprio ato de narrar e a [in]capacidade dele, narrador, de evitar a morte da personagem.Enfim, tendo se acomodado fetal, Macabea morre. Assim, ao que tudo indica, é através da morte que essa pobre criaturinha, de 'corpo cariado' e 'útero murcho', mas que queria ser 'artista de cinema', vai encontrar a sua hora de estrela.E, morrendo Macabea, morre o próprio narrador, Rodrigo S.M. Ao longo de toda a narrativa, a identificação e o envolvimento de Rodrigo com sua personagem é realmente tão grande, [tornando-se ele a própria consciência que Macabea não possuía] que se entende por que ele diz morrer junto com ela.
2. Personagens
2.1. Rodrigo S.M. - o narrador e, na verdade, personagem muito importante do relato. Representa, sem dúvida, a própria Clarice, com seus mistérios, suas interrogações, sua preocupação constante em mergulhar fundamente na interioridade do ser humano. Ele inicia o livro justamente fazendo reflexões e indagações sobre a existência e sobre o ato de escrever. Apresenta-se, depois, justificando por que a história terá de ser contada por um narrador homem e dizendo que decidiu escrever sobre a moça porque 'numa rua do Rio de Janeiro peguei no ar de relance o sentimento de perdição no rosto de uma moça nordestina'.
2.2. Macabea - a moça nordestina [alagoana] de 19 anos, que vivia sem família, pobre, desleixada e subempregada no Rio de Janeiro. Era tão alienada e inconsciente, que não sabia num mesmo que era infeliz.
2.3. Olímpico de Jesus - o primeiro e único namorado de Macabea. Nordestino da Paraíba.



Eliane e Luciele

Resumo do Livro Clarissa

Clarissa (Érico Veríssimo)

Modernismo de segunda fase. Clarissa é uma jovem de 13 anos que mora na pensão da tia enquanto estuda em Porto Alegre. Ela é uma jovem curiosa, descobrindo o mundo, a adolescência e a vida. Não gosta muito de escola, sente saudades da fazenda em sua cidade natal, Jacarecanga e observa as pessoas que moram na pensão da tia e na vizinhança: Ondina, a infiel esposa de Barata; Amaro, o músico triste e contemplativo; o distraído major; a conservadora tia e seu desempregado marido; a família rica que mora ao lado e a viúva com o filho mutilado. Este último, Tonico, perdeu as duas pernas num acidente de bonde e sonha em marchar com exércitos. Frágil, acaba morrendo. Quanto a Amaro, este sempre contempla Clarissa, sua juventude, sua inocência, sua beleza aflorando da menina que vai se tornando moça. Clarissa faz 14 anos (e ganha permissão para usar salto alto) e passa na escola. O livro acaba com Clarissa voltando para Jacarecanga (e encontrar o primo Vasco) enquanto Amaro fica triste na pensão a pensar nela. O primeiro romance de Érico Veríssimo, Clarissa apresenta um panorama da vida de uma jovem na Porto Alegre de 1932 e começa a história que se estenderá por seus romances da primeira fase.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


Paisagismo. Visita da Engenheira Florestal Daniela Schnader


quinta-feira, 12 de abril de 2007

Celebração da Páscoa 2007.



o sorteio da rifa tendo os seguintes contemplados:
1º prêmio: Uma cesta de páscoa: João Carlos Endl
2º prêmio: um cesta de páscoa: Diogo Fischer
3º prêmio: Uma embalagem de craquelê: Anderson Mafalda
4º prêmio: Uma toalha de prato com motivos de páscoa: Ana Strada

O Círculo de Pais e Mestres e direção da escola agradecem as empresas, professores, funcionários, familiares dos educandos e comunidade em geral que colaboram nas doações e aquisição dos números da rifa.
Representação do Lava Pés. Reflexão e confraterização marcaram a comemoração da páscoa na Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw.
No dia 05 de abril (quinta-feira) os educandos juntamente com professores e funcionários da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Roberto Löw, realizaram momentos de oração celebrando a páscoa da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Esteve presente na ocasião o Pastor João Batista Moraes que falou sobre o significado desta importante data cristã. Nas celebrações ocorreu a encenação do lava-pés interpretada pelos educandos da escola. Após houve confraternização partilhada de doces e salgados

Equipe de Futsal Conquista o 1º lugar no Torneio de Integração.


Senhora Eli Höring doa Camisetas para Escola.

Senhora Eli Höring, fez a entrega oficial das cametas, para escola no dia 30 de março de 2007.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Comunidade também participa na Inclusão Digital


Comunidade também participa na Inclusão Digital


Comunidade também participa na Inclusão Digital


Comunidade também participa na Inclusão Digital


Comunidade também participa na Inclusão Digital

Todas terças anoite, está disponível para a comunidade o uso do laboratório de Informática.

Despedida de Ana Paula do 1º ano

Colegas escrevem uma carta de 10 metros para deixar com a colega Ana Paula.

Despedida de Ana Paula do 1º ano


Despedida de Ana Paula do 1º ano

Educandos da escola homenageam a educanda Ana Paula que está se transferindo para Julio de Castilhos.

Bosque da Escola


Vertente drenada na Escola


Brigada Militar Vistoria os Veículos do Transporte Escolar.


Brigada Militar Vistoria os Veículos do Transporte Escolar.


segunda-feira, 2 de abril de 2007

CAPITULO 3
MOINHO COLONIAL CACHOEIRA: ALTERNATIVA DE RENDA FAMILIAR

O moinho colonial cachoeira se localiza na localidade de Passo da Cachoeira, no município de Nova ramada, situado às margens do rio cachoeira, o qual usa a água desse mesmo rio como energia que movimenta o moinho.
Propriedade do Sr. Alvino de Jesus o moinho ocupa uma área total de aproximadamente 300 metros quadrado, tudo isso levando em conta a sua estrutura, depósitos de água, açudes e os canais por onde a água percorre.
O moinho foi construído com a finalidade de se obter uma uma renda familiar, pois funciona com o trabalho da própria família, através da venda de farinha de trigo e prestação de serviços.
Atualmente quem trabalha e administra o moinho é seu filho o Sr. Amauri de Jesus.

3.1 HISTÓRIA DO MOINHO

Por volta do ano de 1950, no lugar que atualmente funciona o moinho colonial cachoeira funcionava uma cerraria pertencente a família Cramp. Com o passar dos tempo a serraria foi desativada, e implantada ali no mesmo local um moinho movido por uma roda d’água, o qual possuía uma pedra para moer trigo, sendo que ele passava a pertencer a família Hofman.
No ano de ... este mesmo moinho foi adquirido pela família jesus que ao longo do tempo foi sendo modificado e passou a ser movido por uma turbina hidráulica, e a antiga pedra para moer trigo foi substituída por máquinas específicas para a moagem, tendo com isso maiores resultados com a transformação do trigo.

3.2 ESTRUTURA DO MOINHO

O moinho é totalmente construído de madeira e coberto por folhas de zinco com exeção do alicerce e do depósito de água que são de concreto.
O moinho é composto por três andares bem distintos:
O primeiro andar situa-se no térreo com 9 metros de comprimento x 7,5 metros de largura. Totalizando uma área de 67,5 metros quadrados com uma altura de 2,5 metros.
O segundo andar situa-se no nível normal da terra igualmente com uma área de 67,5 metros quadrados com um acréscimo de um depósito de trigo de 19,5 metros quadrados, ocupando uma área então de 87 metros quadrados, com uma altura de três metros.
O terceiro andar situa-se acima do segundo andar com uma área de 67,5 metros quadrados sendo que o mesmo até a metade tem uma altura de 2 metros e da metade em
diante possui uma altura de 4,5 metros.


3.2.1 GERAÇÃO DE ENERGIA

A energia pelo qual o moinho funciona é gerada por uma turbina hidráulica que é movida por queda d’água.
Para que essa turbina se movimente é necessário a utilização da água de dois rios, o rio 1 e o rio 2, os quais mais adiante se encontram formando o rio cachoeira.
No rio 1 inicialmente foi construído uma barragem para que através de um primeiro canal essa água fosse até o rio 2 formando outra barragem, para então a água se deslocar por um segundo canal até chegar em um depósito nas proximidades do moinho.
As barragens são construídas em uma altura em que não interrompa o fluxo normal do rio, apenas uma parte é desviada pelos canais, o restante segue seu curso normal. Cada barragem possui porteiras para a abertura ou fechamento das mesmas.
No segundo canal existem ainda mais dois desvios para que o excesso de água seja devolvido ao leito do rio.
A água armazenada no depósito, vai para um cano de 1,3 metros de circunferência e 10 metros de comprimento até chegar em uma turbina hidráulica que está localizada a 2 metros abaixo do depósito.
Com o peso e a queda que a água faz ao realizar a descida pelo cano movimenta a turbina que gera uma força total de 30 HP.
3.2.2 TRANSMISSÕES

Com a força que a turbina gera, movimenta-se um primeiro eixo com rolamento e uma polia que através de uma transmissão de uma correia plana com outra polia, movimenta um segundo eixo central, que é o principal eixo do moinho.
O segundo eixo central possui uma série de rolamentos e polias. Todas as polias possuem correia plana, sendo que algumas dessas polias são distribuídas para fazer ligação com os cilindros, polidores, batedor, caracol e descascador de arroz. Outra polia do mesmo eixo fará uma segunda transmissão que levará uma correia plana para o terceiro andar do moinho, esta movimentará um terceiro eixo. Esse terceiro eixo distribuirá correias para os elevadores, plansfiter, e um classificador de pré-limpeza.
Antigamente do primeiro eixo central fazia-se uma segunda transmissão para um quarto eixo que movimentava uma pedra de milho que atualmente está desativada.



3.2.3 MÁQUINAS

Para a fabricação da farinha o moinho utiliza as seguintes máquinas:
CARACOL: transporte e molhador de trigo.
CLASSIFICADOR DE PRÉ-LIMPEZA: para a retirada de resíduos maiores que o grão. Exemplo: palhas graúdas, capotas, pedras, pregos, etc.
POLIDOR DE NAVALHA: retira grãos danificados, escova o grão, retira terras, palhas e resíduos menores que o classificador deixou, etc.
POLIDOR DESPONTADOR: retira as pontas do grão (gérmem) para não dar o amargor na farinha, escova novamente o trigo e com a pressão do ar retira qualquer tipo de resíduo, deixando somente o grão limpo, despontado e perfeito.
CILNDRO RAIADO: é formado por dois conjuntos de rolos, sendo que o primeiro tem a finalidade de puchar o grão dando caimento para o segundo conjunto, o qual possui raiaduras cônicas que abrem o grão.
CILINDRO LISO: é formado também por dois conjuntos de rolos. Este cilindro trabalha especificadamente com o endosperma do grão, reduz a maior quantidade possível de endosperma a finura de farinha.
BATEDOR: trabalha embaixo do cilindro liso com a finalidade de frouxar a farinha das sêmolas e semolinas.
PLANSFITER: possui uma série de peneiras que separam o farelo, farinha, sêmolas, e semolinas.
ELEVADORES 1E 2: transporte de trigo.
ELEVADOR 3: transporta do cilindro raiado para o plansfiter.
ELEVADOR 4: transporta do cilindro liso para o plansfiter.

3.3 PROPRIEDADES DO TRIGO

Como o trigo é a parte fundamental para a moagem, se falará um pouco de suas propriedade para melhor entendimento das mesmas.
O trigo é uma gramínea, um cereal fasciculado, de fruto oval pertencente a família Gramínea e do gênero Triticum, possuindo diversas espécies. O trigo de maior interesse comercial é o Triticulum astivum( trigo comum) mas também axistem o do tipo Triticulum durum que possui uma massa mais dura.
O grão do trigo contém três distintas partes que são objeto de separação durante o processo de moagem para produzir a farinha de trigo.
As três principais partes do grão são: endosperma, casca e gérmem.
ENDOSPERMA: constitui aproximadamente 83 % do peso do grão de trigo, ele é fonte da farinha branca de trigo.
CASCA: corresponde a aproximadamente 14,5 % do peso do grão, encontra-se separadamente no farelo de trigo.
GERMEM: corresponde a aproximadamente 2,5 % do peso do grão do trigo, o gérmem é o embrião da semente, é separado pois a quantidade de limite de gordura interfere na qualidade de conservação da farinha.

3.5 MOAGEM DO TRIGO

A moagem do trigo é um processo de quebra do grão do cereal através de técnicas e máquinas especificas, retirando o máximo de endosperma e reduzindu-o a farinha.
Para a fabricação da farinha os grãos de trigo devem estar sãos e limpos, isentos de matéria terrosa e em perfeito estado de conservação. Obtem-se esse resultado primeiramente com o trigo classificado pelo classificador de pré-limpeza que desce para o polidor de navalha e através do elevador 1 vai para o polidor despontador, que o elevador 2 leva o trigo em perfeito estado em uma tuia em cima do cilindro raiado.
A partir de então o trigo passa a ser aberto pelo cilindro raiado que com o elevador 3 vai paro o plansfiter que começa a fazer o separamento do farelo das sêmolas e semolinas.
A sêmola é um tipo de farinha de trigo que apresenta uma granulometria maior, portanto mais áspera ao tato. E a semolina é um tipo de farinha que apresenta granulometria entre a sêmola e as farinhas de trigo ( um pouco mais fina que a sêmola).
O farelo separado pelo plansfiter volta ao cilindro raiado e as sêmolas e as semolinas vão para o cilindro liso, sendo que a farinha já começa a ser armazenada na caixa.

Com isso o farelo volta a ser triturado pelo cilindro raiado e as sêmolas e a semolina pelo cilindro liso, todas estas voltando também ao plansfiter. E após sucessivas etapas de trituração pelos cilindros e peneiramentos pelo plansfiter gradualmente vai se extraindo a farinha de trigo.

3.5 QUANTIDADE DE FARINHA POR SACA DE TRIGO

Com o processo de limpeza e de moagem do trigo se obtem a farinha especial, a farinha comum e o farelo.
FARINHA ESPECIAL: possui uma granulometria bem baixa, portanto bem fina ao tato e uma coloração bem branca.
FARINHA COMUM: possui uma granulometria um pouco maior que a farinha especial com uma coloração um pouco menos clara.
FARELO: é a casca do trigo, juntamente com as partículas mais grossas, apartadas pelo plansfiter.
Com o PH do trigo (qualidade do grão) obtem-se diferentes quantidades de farinha e farelo.
Analisando a tabela podemos perceber que quanto menor o PH do trigo, menor será a quantidade de farinha especial e maior será a quebra pelas máquinas de limpeza e farelo, pois quanto menor seu PH mais imperfeições no grão este trigo apresenta.
Além do PH do grão do trigo existem outros fatores que influenciam na quantidade de farinha, que são as impurezas, umidade e conservação do grão.
IMPUREZAS: o nível de impuresas (palhas, imperfeições do grão etc) que o trigo apresentar, influenciará no rendimento final da farinha. Por exemplo: um trigo melhor classificado com um teor baixo de impurezas irá ter um rendimento de farinha maior do que um trigo mais “sujo”.
UMIDADE: A umidade ideal que o trigo deve apresentar é de 11% a 12%.
CONSERVAÇÃO: O trigo depois de colhido e armazenado deve ser bem conservado evitando que o mesmo seja atacado por carunchos que destroem a semente, se multiplicam e se espalham pelo trigo rapidamente e em grandes quantidades, comprometendo assim sua qualidade e rendimento ou até mesmo em condições críticas onde não possa nem ao menos ser moído.

3.6 CLASSE COMERCIAL DO TRIGO

Existem diversas variedades de trigo encontradas no mercado, onde as mesmas são classificadas em trigo brando e trigo pão.
Na classificação do trigo pão estão as variedades de maior interesse comercial, pois a farinha extraída dessas variedades são indicadas na fabricação de pães, bolos, biscoitos, massas, etc, porém com a moagem do trigo brando será extraída uma farinha especialmente indicada na fabricação de massa, por não ter uma boa aprovação na fabricação de pães.
Tabela n° 2: Demonstrativo da classe comercial do trigo. Escola Estadual Dr. Roberto Löw – Nova Ramada – RS – 2006.


O problema que se enfrenta também, é que cada vez mais está se plantando o trigo brando, talvez por ele apresentar um melhor rendimento na lavoura, e esta se deixando de lado o trigo pão, vindo com isso a diminuir a qualidade da farinha.
Para resolver este problema se mistura uma porcentagem do trigo pão com uma porcentagem do trigo brando dando com isso uma farinha de exelente qualidade.

3.7 FORMAS DE NEGOCIAÇÃO

O moinho trabalha com três diferentes formas de negociação: a aquisição de matéria-prima, a venda e prestação de serviços
AQUISIÇAO DE MATÉRIA-PRIMA: A matéria-prima (trigo) é adquirida pela compra em condomínios, cooperativas e dos próprios agricultores da região e municípios visinhos.
VENDA: a venda da farinha de trigo e do farelo é feita na própria região e municípios vizinhos.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: a prestação de serviços é feita para os agricultores da região e municípios visinhos, os quis trazem seu próprio trigo para a moagem, onde cobra-se uma taxa pelo serviço.


3.8 CUSTOE E BENEFÍCIOS

O moinho atualmente tem a capacidade de moer aproximadamente 1 saco de trigo de 60 Kg por hora, fazendo uma média de que o moinho trabalhe 10 horas por dia, durante a semana (5 dias) irá moer 50 sacas de trigo ou 3000 kg, e no mês 200 sacas de trigo ou 12000 Kg.
Com a venda da farinha, do farelo e prestação de serviços obtem-se um lucro de aproximadamente R$ 7,50 reais por saca de 60 kg de trigo. Com isso consegue-se um saldo bruto de aproximadamente R$ 1.500,00 reais por mês, além de suas despesas.

Com um saldo bruto de R$ 1.500,00 reais e um gasto de R$ 450,00 reais, obtem-se um saldo liquido de R$ 1.050,00 reais por mês.
Porém atualmente devido a questões burocráticas, falta de uma melhor estrutura para o armazenamento do grão, o moinho está trabalhando com a metade de sua real capacidade.

Moinho Colonial Cachoeira: Alternativa de Renda Familiar

CAPITULO 3 Projeto final do educando Diezon Fernandes de Jesus.

MOINHO COLONIAL CACHOEIRA: ALTERNATIVA DE RENDA FAMILIAR

O moinho colonial cachoeira se localiza na localidade de Passo da Cachoeira, no município de Nova ramada, situado às margens do rio cachoeira, o qual usa a água desse mesmo rio como energia que movimenta o moinho.
Propriedade do Sr. Alvino de Jesus o moinho ocupa uma área total de aproximadamente 300 metros quadrado, tudo isso levando em conta a sua estrutura, depósitos de água, açudes e os canais por onde a água percorre.
O moinho foi construído com a finalidade de se obter uma uma renda familiar, pois funciona com o trabalho da própria família, através da venda de farinha de trigo e prestação de serviços.
Atualmente quem trabalha e administra o moinho é seu filho o Sr. Amauri de Jesus.

3.1 HISTÓRIA DO MOINHO

Por volta do ano de 1950, no lugar que atualmente funciona o moinho colonial cachoeira funcionava uma cerraria pertencente a família Cramp. Com o passar dos tempo a serraria foi desativada, e implantada ali no mesmo local um moinho movido por uma roda d’água, o qual possuía uma pedra para moer trigo, sendo que ele passava a pertencer a família Hofman.
No ano de ... este mesmo moinho foi adquirido pela família jesus que ao longo do tempo foi sendo modificado e passou a ser movido por uma turbina hidráulica, e a antiga pedra para moer trigo foi substituída por máquinas específicas para a moagem, tendo com isso maiores resultados com a transformação do trigo.

3.2 ESTRUTURA DO MOINHO

O moinho é totalmente construído de madeira e coberto por folhas de zinco com exeção do alicerce e do depósito de água que são de concreto.
O moinho é composto por três andares bem distintos:
O primeiro andar situa-se no térreo com 9 metros de comprimento x 7,5 metros de largura. Totalizando uma área de 67,5 metros quadrados com uma altura de 2,5 metros.
O segundo andar situa-se no nível normal da terra igualmente com uma área de 67,5 metros quadrados com um acréscimo de um depósito de trigo de 19,5 metros quadrados, ocupando uma área então de 87 metros quadrados, com uma altura de três metros.
O terceiro andar situa-se acima do segundo andar com uma área de 67,5 metros quadrados sendo que o mesmo até a metade tem uma altura de 2 metros e da metade em
diante possui uma altura de 4,5 metros.

3.2.1 GERAÇÃO DE ENERGIA

A energia pelo qual o moinho funciona é gerada por uma turbina hidráulica que é movida por queda d’água.
Para que essa turbina se movimente é necessário a utilização da água de dois rios, o rio 1 e o rio 2, os quais mais adiante se encontram formando o rio cachoeira.
No rio 1 inicialmente foi construído uma barragem para que através de um primeiro canal essa água fosse até o rio 2 formando outra barragem, para então a água se deslocar por um segundo canal até chegar em um depósito nas proximidades do moinho.
As barragens são construídas em uma altura em que não interrompa o fluxo normal do rio, apenas uma parte é desviada pelos canais, o restante segue seu curso normal. Cada barragem possui porteiras para a abertura ou fechamento das mesmas.
No segundo canal existem ainda mais dois desvios para que o excesso de água seja devolvido ao leito do rio.
A água armazenada no depósito, vai para um cano de 1,3 metros de circunferência e 10 metros de comprimento até chegar em uma turbina hidráulica que está localizada a 2 metros abaixo do depósito.
Com o peso e a queda que a água faz ao realizar a descida pelo cano movimenta a turbina que gera uma força total de 30 HP.
3.2.2 TRANSMISSÕES

Com a força que a turbina gera, movimenta-se um primeiro eixo com rolamento e uma polia que através de uma transmissão de uma correia plana com outra polia, movimenta um segundo eixo central, que é o principal eixo do moinho.
O segundo eixo central possui uma série de rolamentos e polias. Todas as polias possuem correia plana, sendo que algumas dessas polias são distribuídas para fazer ligação com os cilindros, polidores, batedor, caracol e descascador de arroz. Outra polia do mesmo eixo fará uma segunda transmissão que levará uma correia plana para o terceiro andar do moinho, esta movimentará um terceiro eixo. Esse terceiro eixo distribuirá correias para os elevadores, plansfiter, e um classificador de pré-limpeza.
Antigamente do primeiro eixo central fazia-se uma segunda transmissão para um quarto eixo que movimentava uma pedra de milho que atualmente está desativada.



3.2.3 MÁQUINAS

Para a fabricação da farinha o moinho utiliza as seguintes máquinas:
CARACOL: transporte e molhador de trigo.
CLASSIFICADOR DE PRÉ-LIMPEZA: para a retirada de resíduos maiores que o grão. Exemplo: palhas graúdas, capotas, pedras, pregos, etc.
POLIDOR DE NAVALHA: retira grãos danificados, escova o grão, retira terras, palhas e resíduos menores que o classificador deixou, etc.
POLIDOR DESPONTADOR: retira as pontas do grão (gérmem) para não dar o amargor na farinha, escova novamente o trigo e com a pressão do ar retira qualquer tipo de resíduo, deixando somente o grão limpo, despontado e perfeito.
CILNDRO RAIADO: é formado por dois conjuntos de rolos, sendo que o primeiro tem a finalidade de puchar o grão dando caimento para o segundo conjunto, o qual possui raiaduras cônicas que abrem o grão.
CILINDRO LISO: é formado também por dois conjuntos de rolos. Este cilindro trabalha especificadamente com o endosperma do grão, reduz a maior quantidade possível de endosperma a finura de farinha.
BATEDOR: trabalha embaixo do cilindro liso com a finalidade de frouxar a farinha das sêmolas e semolinas.
PLANSFITER: possui uma série de peneiras que separam o farelo, farinha, sêmolas, e semolinas.
ELEVADORES 1E 2: transporte de trigo.
ELEVADOR 3: transporta do cilindro raiado para o plansfiter.
ELEVADOR 4: transporta do cilindro liso para o plansfiter.

3.3 PROPRIEDADES DO TRIGO

Como o trigo é a parte fundamental para a moagem, se falará um pouco de suas propriedade para melhor entendimento das mesmas.
O trigo é uma gramínea, um cereal fasciculado, de fruto oval pertencente a família Gramínea e do gênero Triticum, possuindo diversas espécies. O trigo de maior interesse comercial é o Triticulum astivum( trigo comum) mas também axistem o do tipo Triticulum durum que possui uma massa mais dura.
O grão do trigo contém três distintas partes que são objeto de separação durante o processo de moagem para produzir a farinha de trigo.
As três principais partes do grão são: endosperma, casca e gérmem.
ENDOSPERMA: constitui aproximadamente 83 % do peso do grão de trigo, ele é fonte da farinha branca de trigo.
CASCA: corresponde a aproximadamente 14,5 % do peso do grão, encontra-se separadamente no farelo de trigo.
GERMEM: corresponde a aproximadamente 2,5 % do peso do grão do trigo, o gérmem é o embrião da semente, é separado pois a quantidade de limite de gordura interfere na qualidade de conservação da farinha.

3.5 MOAGEM DO TRIGO

A moagem do trigo é um processo de quebra do grão do cereal através de técnicas e máquinas especificas, retirando o máximo de endosperma e reduzindu-o a farinha.
Para a fabricação da farinha os grãos de trigo devem estar sãos e limpos, isentos de matéria terrosa e em perfeito estado de conservação. Obtem-se esse resultado primeiramente com o trigo classificado pelo classificador de pré-limpeza que desce para o polidor de navalha e através do elevador 1 vai para o polidor despontador, que o elevador 2 leva o trigo em perfeito estado em uma tuia em cima do cilindro raiado.
A partir de então o trigo passa a ser aberto pelo cilindro raiado que com o elevador 3 vai paro o plansfiter que começa a fazer o separamento do farelo das sêmolas e semolinas.
A sêmola é um tipo de farinha de trigo que apresenta uma granulometria maior, portanto mais áspera ao tato. E a semolina é um tipo de farinha que apresenta granulometria entre a sêmola e as farinhas de trigo ( um pouco mais fina que a sêmola).
O farelo separado pelo plansfiter volta ao cilindro raiado e as sêmolas e as semolinas vão para o cilindro liso, sendo que a farinha já começa a ser armazenada na caixa.

Com isso o farelo volta a ser triturado pelo cilindro raiado e as sêmolas e a semolina pelo cilindro liso, todas estas voltando também ao plansfiter. E após sucessivas etapas de trituração pelos cilindros e peneiramentos pelo plansfiter gradualmente vai se extraindo a farinha de trigo.

3.5 QUANTIDADE DE FARINHA POR SACA DE TRIGO

Com o processo de limpeza e de moagem do trigo se obtem a farinha especial, a farinha comum e o farelo.
FARINHA ESPECIAL: possui uma granulometria bem baixa, portanto bem fina ao tato e uma coloração bem branca.
FARINHA COMUM: possui uma granulometria um pouco maior que a farinha especial com uma coloração um pouco menos clara.
FARELO: é a casca do trigo, juntamente com as partículas mais grossas, apartadas pelo plansfiter.
Com o PH do trigo (qualidade do grão) obtem-se diferentes quantidades de farinha e farelo.
Analisando a tabela podemos perceber que quanto menor o PH do trigo, menor será a quantidade de farinha especial e maior será a quebra pelas máquinas de limpeza e farelo, pois quanto menor seu PH mais imperfeições no grão este trigo apresenta.
Além do PH do grão do trigo existem outros fatores que influenciam na quantidade de farinha, que são as impurezas, umidade e conservação do grão.
IMPUREZAS: o nível de impuresas (palhas, imperfeições do grão etc) que o trigo apresentar, influenciará no rendimento final da farinha. Por exemplo: um trigo melhor classificado com um teor baixo de impurezas irá ter um rendimento de farinha maior do que um trigo mais “sujo”.
UMIDADE: A umidade ideal que o trigo deve apresentar é de 11% a 12%.
CONSERVAÇÃO: O trigo depois de colhido e armazenado deve ser bem conservado evitando que o mesmo seja atacado por carunchos que destroem a semente, se multiplicam e se espalham pelo trigo rapidamente e em grandes quantidades, comprometendo assim sua qualidade e rendimento ou até mesmo em condições críticas onde não possa nem ao menos ser moído.

3.6 CLASSE COMERCIAL DO TRIGO

Existem diversas variedades de trigo encontradas no mercado, onde as mesmas são classificadas em trigo brando e trigo pão.
Na classificação do trigo pão estão as variedades de maior interesse comercial, pois a farinha extraída dessas variedades são indicadas na fabricação de pães, bolos, biscoitos, massas, etc, porém com a moagem do trigo brando será extraída uma farinha especialmente indicada na fabricação de massa, por não ter uma boa aprovação na fabricação de pães.

O problema que se enfrenta também, é que cada vez mais está se plantando o trigo brando, talvez por ele apresentar um melhor rendimento na lavoura, e esta se deixando de lado o trigo pão, vindo com isso a diminuir a qualidade da farinha.
Para resolver este problema se mistura uma porcentagem do trigo pão com uma porcentagem do trigo brando dando com isso uma farinha de exelente qualidade.

3.7 FORMAS DE NEGOCIAÇÃO

O moinho trabalha com três diferentes formas de negociação: a aquisição de matéria-prima, a venda e prestação de serviços
AQUISIÇAO DE MATÉRIA-PRIMA: A matéria-prima (trigo) é adquirida pela compra em condomínios, cooperativas e dos próprios agricultores da região e municípios visinhos.
VENDA: a venda da farinha de trigo e do farelo é feita na própria região e municípios vizinhos.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS: a prestação de serviços é feita para os agricultores da região e municípios visinhos, os quis trazem seu próprio trigo para a moagem, onde cobra-se uma taxa pelo serviço.


3.8 CUSTOE E BENEFÍCIOS

O moinho atualmente tem a capacidade de moer aproximadamente 1 saco de trigo de 60 Kg por hora, fazendo uma média de que o moinho trabalhe 10 horas por dia, durante a semana (5 dias) irá moer 50 sacas de trigo ou 3000 kg, e no mês 200 sacas de trigo ou 12000 Kg.
Com a venda da farinha, do farelo e prestação de serviços obtem-se um lucro de aproximadamente R$ 7,50 reais por saca de 60 kg de trigo. Com isso consegue-se um saldo bruto de aproximadamente R$ 1.500,00 reais por mês, além de suas despesas.
Tabela n° 3: Demontrativo dos gastos mensais do moinho. Escola Dr. Roberto Löw – Nova Ramada – RS – 2006.


Com um saldo bruto de R$ 1.500,00 reais e um gasto de R$ 450,00 reais, obtem-se um saldo liquido de R$ 1.050,00 reais por mês.
Porém atualmente devido a questões burocráticas, falta de uma melhor estrutura para o armazenamento do grão, o moinho está trabalhando com a metade de sua real capacidade.