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terça-feira, 18 de julho de 2006

HISTÓRICO DA COMUIDADE DE BARRO PRETO

HISTÓRICO DA COMUNIDADE DE BARRO PRETO
Nova Ramada Rio Grande do Sul

A ocupação de Barro Preto, local onde se situa a Escola, deu-se em 1885, conforme escrita pertencente à família Almeida Brasil e que está em poder da escola, visto que o terreno da mesma pertencia àquela gleba que era superior a 2000 hectares e ocupava toda encosta Oeste do Arroio Bugiganga, que recebeu este nome face ao número de bugios que aqui habitavam espalhados pelas matas.
Nossa localidade e arredores, antes da ocupação dos imigrantes, era habitada por índios Kaigans e Guaranis. Na Segunda metade do século XIX, a ocupação passa dar-se pela mistura de portugueses, africanos e índios. Estes ocupantes aos poucos conseguem legalizar vastas áreas de terras. Entre as famílias resultantes destas misturas destacamos: família Almeida, Alves, Rodrigues, Lima, da Silva, Prates, Moura, Machado, Fernandes, Vargas entre outras.
Por volta de 1900 ocorreu a vinda dos imigrantes, principalmente italianos e alemães. Quando chegaram aqui se defrontaram com grandes extensões de terra. Estes colonos eram oriundos da Europa ou descendentes das velhas colônias do Vale dos Sinos.
Entre os imigrantes destaca-se a família Höring, em 1909. Curt Höring (hoje falecido) nos relatou que seu pai Franz trabalhava como mecânico especializado em Leipzing na Alemanha, conforme documentação (29-06-1909).
No dia 08 de outubro embarcaram num navio com destino ao Brasil, chegando em Porto Alegre em 15 de novembro de 1909. De Porto Alegre viajaram de trem para Cruz Alta. De Cruz Alta a Ijuí deslocaram-se num grande carroção puxado por bois, onde chegaram no dia 26 de dezembro de 1909 e hospedaram-se no casarão dos imigrantes. Com uma carrocinha de bois deslocaram-se até a linha 21 Norte, atualmente pertencente a Ajuricaba, que na época pertencia a Ijuí. Deste local vieram residir a 2 km ao Sul de Barro Preto, caminhando a pé e a bagagem carregada no lombo de um burro cargueiro. Construíram inicialmente um barraco de paus roliços, cobertos de capim. Seu Curt na época tinha apenas 5 anos de idade. As dificuldades eram muitas, ninguém da família tinha prática na agricultura, faltavam alimentos, comunicação, pois os vizinhos brasileiros não conheciam a língua alemã. Tinham que se deslocar 60 Km a Ijuí para comprar alimentos e procurar recurso médico. Apenas em 1927 surgiu o 1º automóvel que era do Dr. Kullmann e servia para transportar as pessoas doentes e deslocar-se de Ijuí para realizar cirurgias e atendimentos médicos.
As famílias de imigrantes que ocuparam o local, em torno de 1910, foram: família Van Der Veen, Voiand, Räder, Schewinski, Gascho, Hofmann, Ulrich e outras.
Barro Preto inicialmente era chamada de Barracão. Em torno de 1925, num baile na localidade do Formigueiro, em casa de família, num dia de muita chuvarada, aconteceu uma richa entre moradores das duas localidades, Barracão e Formigueiro. As pessoas de Barracão eram chamadas de embarrados devido ao barro contido nos calçados. Assim surgiu o nome de Barro Preto. A localidade vizinha denominou-se Formigueiro devido a grande quantidade de formigas.
Barro Preto pertencia ao 3º Distrito de Ijuí e após a emancipação do município de Ajuricaba passou a ser 2º distrito. Atualmente representa uma das localidades do Município de Nova Ramada, que teve seu decreto de emancipação assinado m 28 de dezembro de 1995, sendo que as atividades do novo município iniciaram em 01 de janeiro de 1997. A população é descendente principalmente de italianos e alemães. Nos últimos anos ocorreu um esvaziamento populacional ocasionado pela crise na agricultura, levando as pessoas a procurarem outros locais e meios para sobreviverem.
O município e a localidade têm características essencialmente agrícolas, com pequenas propriedades rurais descapitalizadas. Para ilustrar aspectos relativos a redução do

índice demográfico, destacamos que em 1995 existiam 4.000 habitantes em Nova Ramada e hoje a população gira em torno de 2.700 pessoas.
A renda gira em torno da produção agropecuária e conseqüentemente, sofre com a atual crise econômica da agricultura e com a falência do atual modelo de produção imposto pelos pacotes tecnológicos, como foi o da revolução verde.

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