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segunda-feira, 2 de abril de 2007

Resgate Histórico Familiar

CAPÍTULO 2
RESGATE HISTÓRICO FAMILIAR segundo pesquiza do Educando Diezon de Jesus

O resgate histórico familiar procura através de livros e entrevistas com pessoas mais velhas conhecer mais nossa própria história de vida, sobre nossas origens, nossa descendência e os costumes, hábitos e crenças que existiam antigamente, tentando entender melhor também sobre o surgimento da comunidade em que vivemos.

2.1 OS PRIMEIROS IMIGRANTES

O processo histórico da formação do povo brasileiro começou com a participação de três elementos básicos: os portugueses, os indígenas e os africanos.
Antes da chegada dos portugueses ao território brasileiro, viviam somente índios aqui, e após a sua chegada por volta do ano de 1500, começa a miscigenação das raças que mais adiante tem o acréscimo dos africanos que foram tirados de suas terras para virem trabalharem obrigados aqui no Brasil.
Com o decorrer dos anos e no suceder das gerações, intensificou-se sempre mais o processo de inter-relacionamento étnico, com a participação de imigrantes europeus e asiáticos, de diversas nacionalidades.

2.1.1 ALEMÃES

OS Alemães vieram para o Brasil porque a Alemanha passava por muitas dificuldades. Estava vivendo um processo de desintegração, na estrutura feudal e perto de uma revolução agrícola: as terras produziam mais, e usava-se menos mão-de-obra. Pequenos produtores não conseguiam mais sobreviver trabalhando na terra, e a solução encontrada foi de sair em busca de um lugar melhor para viver.
A região sul foi destinada pelo governo brasileiro ao povoamento com colonos que se instalavam em são Leopoldo, Vale dos Sinos, Caí e Taquari, indo também para a Serra Geral, planalto do nordeste e santa Catarina.
A instalação desses primeiros colonos é extremamente difícil, cheia de dificuldades. Era preciso derrubar a mata, e os colonos não tinham prática com isso, não sabiam o que fazer com a madeira, como destocar o solo e como preparar a terra para o plantio. Da propriedade que recebiam ocupavam inicialmente apenas uma parte, por causa do trabalho necessário para o uso do solo. Construíam a casa na clareira que abbriam e davam inicio ao cultivo.
Nem todos os imigrantes alemães que vieram para o Brasil foram ou se tornaram proprietários de terras por ocasião da chegada. Muitos deles eram artesões, industriais, comerciantes e profissionais do meio urbano, bem como religiosos e professores.

2.1.2 ITALIANOS

O mundo estava em crise na segunda metade do século passado.
Na Itália, aconteciam lutas políticas do processo de unificação, perseguições fascistas, e o desenvolvimento do capitalismo a partir da segunda metade do século XIX desempregava milhares de pessoas. Um fator que desencadeou a imigração na Itália foram as guerras de unificação da Itália com todos os males que trouxeram a ocupação de diversos exércitos do norte da Itália, aumentando a miséria do povo italiano.
O mercado estava em crescimento com ferrovias, túnel, fábricas, etc, com isso vários italianos ficaram desempregados e o crescimento industrial do norte levou pequenas indústrias a falência.
Na Itália quase não havia trabalho. Os camponeses foram expulsos do campo, sendo obrigados a ir para a cidade. Sendo eles as pessoas mais responsáveis pela imigração.
A agricultura na Itália era bastante atrasada e a maior parte da mão - de –obra ocupava atividade agrícola.
Sendo assim, a imigração foi provocada principalmente por fatores econômicos, sociais e políticos.
Os italianos vieram para o Brasil a partir de 1875 quando a Alemanha proibiu a imigração para cá. Com o fim da escravidão o Brasil divulgou na Europa que aqui era fácil ficar rico e o governo pagava as passagens para as pessoas virem trabalhar.
Os italianos estabeleceram-se na organização da pequena propriedade, se instalando na região sul brasileira, na encosta Superior do planalto, logo adiante dos colonos alemães que se fixaram na encosta inferior do planalto.
Com os italianos vieram também muitos costumes, alimentos e plantas que são vividos, apreciados e cultivados por muitas gerações posteriores.

2.1.3 NEGROS

A África viva uma situação de subdesenvolvimento e pobreza, ocasionadas pelas condições climáticas de extrema avidez ou umidade, pobreza dos solos, técnicas tradicionais, má administração e uma infra-estrutura econômica herdada do colonialismo. Além disso, o índice de mortalidade era alto por causa das doenças e subnutrição.
Os negros trabalhavam principalmente com a agricultura e a criação de gado dependendo do clima de cada região. Usavam o solo até seu esgotamento, quando o mesmo não produzia mais, saiam em busca de novas terras.
Com o desenvolvimento das lavouras se o plantio em grandes quantidades, possibilitou que sociedades mais organizadas ( Portugueses, Espanhóis, franceses, Ingleses, holandeses, etc.) se acharem no direito de invadir a África para tirar os negros a força de seu lugar de origem, os quais serviram de escravos nas colônias européias. Com os negros os europeus aumentavam o acúmulo de capital pela burguesia.
Em 1550 começaram a chegar no Brasil, através de navios negreiros os primeiros escravos vindos da África.
Aqui no Brasil os negros eram vendidos e negociados, indo trabalhar nas fazendas onde eram tratados como animais, trabalhavam muito, se alimentavam mal, não ganhavam nada, dormiam nas senzalas e ainda por cima eram castigados pelos coronéis.
Alguns negros não agüentando a situação fugiam e formavam os chamados quilombos, dentre os quais o mais conhecido é o quilombo dos palmares.
O RS recebeu o menor número de escravos por eles não se adaptarem ao clima e nem o trabalho de criar gado.
Os que ficaram trabalhando nas charqueadas não agüentavam muitos anos, pois sofriam muito, eram chicoteados por feitores e ainda tinham que matar o boi e salgar a carne.
Nas estâncias eram tratados com menos crueldade que nas charqueadas, mas não escapavam dos serviços pesados.
No sul por eles serem melhores tratados, ao contrário das outra regiões não fugiam, sentiam-se até protegidos pelos seus donos, apesar de trabalharem no pesado.

2.1.4 PORTUGUESES

O Brasil foi achado pelos portugueses a 22 de abril de 1500. Logo após o fato, os colonos passaram a se estabelecer na colônia, porém, de forma pouco significativa. De início, aqui foram deixados pessoas indesejáveis em Portugal, como ladrões e traídores que tinham como pena a vinda para o Brasil. Esses primeiros colonos foram abandonados à própia sorte e acabaram sendo acolhidos pelos grupos indígenas que viviam no litoral.
Os primeiros colonos portugueses começaram a chegar ao Brasil em maior número após 1530. A colônia foi dividida em capitanias hereditárias e as terras foram divididas entre nobres e lusitanos. Para promover a colonização desses grandes lotes de terra, a Coroa Portuguesa passou a incentivar a ida de colonos para o Brasil, que recebiam sesmarias e tinham prazo de tempo para desenvolver a produção.
Nesse período, vieram para o Brasil portugueses de todos os tipos: desde o rico até o fazendeiro.
A partir do século 18, a imigração portuguesa no Brasil aumenta muito. Os fatores para esse crescimento imigratório foram: a descoberta de ouro nas Minas Gerais, a superpopulação de Portugal devido ao crescimento da população e o aprimoramento dos meios de transporte aquáticos. No início do século18, as minas de ouro tornaram-se a principal economia da colônia. O desenvolvimento e riqueza trazida pelo ouro atraiu para o Brasil um grande número de colonos portugueses em busca de riqueza.
O surto urbano que se deu na colônia graças à mineração fez crescer as ofertas de emprego para os portugueses. Antes, os colonos eram quase que exclusivamente rurais, dedicando-se ao cultivo da cana-de-açúcar, mas agora surgiriam profissões como de pequenos comerciantes.
A maior parte da imigração foi de pessoas pobres, que estava superpovoado. De início, a Coroa Portuguesa incentivou a ida dessas pessoas para o Brasil, onde se fixaram principalmente na região de Minas Gerais e naregião centro-oeste do Brasil, onde foram encontradas minas de ouro. Porém, a imigração tomou proporções altíssimas, e a Coroa passou a controlar a ida de portugueses para o Brasil. Pela vinda em larga escala de colonos, a lingua portuguesa tornou-se dominante no Brasil em meados do século XVIII, em substituição ao tupi-guarani, ou língua geral.
Com o passar do tempo o fluxo de imigrantes portugueses para o Brasil, ao invés de diminuir, cresceu drasticamente. Em grande parte, isto se deve ao fim do tráfico de escravos africanos em1850. Com o fim do tráfico, iniciou-se uma carência de mão-de-obra no Brasil, e ao mesmo tempo ocorreu a expansão das plantações de caféno país, necessitadas de trabalhadores. O Governo Brasileiro começou um processo de substituição da mão-de-obra escrava pelo trabalho assalariado de imigrantes europeus.
2.2 A VIDA DOS ANTEPAÇADOS

Antigamente as pessoas cultivavam costumes muito diferente do que se vive hoje, tinham uma vida simples sem muito luxo ou acomodações, mas viviam felizes sem se queixar muito da vida.
A família na maioria das vezes era numerosa, com muitos filhos em cada casa, como o trabalho era basicamente braçal, bastante filhos representava mais força de trabalho. Possuíam uma residência bem simples de madeira, chão batido e coberta por capim, iluminada a noite por velas e candeeiros (lâmpada de querosene).
A comida era preparada em um fogão de gancho, o qual é uma espécie de um panelão pendurado por um gancho sobre o fogo. A água para o preparo da comida e consumo próprio da casa era trazida com baldes diretamente da fonte.
Plantavam tudo o que era necessário para sua sobrevivência: feijão, arroz, milho, mandioca, trigo, batata-doce, abóbora, abobrinha, melão, cana, melancia, etc. Para o plantio de sementes usavam o saracuá, que era uma madeira redonda, com uma de suas pontas finas para então ser fincado na terra com a finalidade de se abrir uma fenda onde se punha a semente.
Com o plantio da cana-de-açúcar era obtido o melado, o açúcar e a cachaça.
A carne também era obtida por criação dos próprios donos da casa, como não existia naquele tempo nem congelador, nem geladeira, parte da carne era guardada na banha e feito charque, o restante era compartilhada com os visinhos, que faziam o mesmo quando abatiam uma rês, dessa forma ninguém ficava sem cerne.
No mercado ou os chamados “bolichos” compravam somente o essencial como: o sal, o querosene, etc.
Por não haver áreas de terras delimitadas, os bois e vacas eram marcados a ferro e soltos campo afora. O mesmo acontecia com os cavalos, mas estes carregavam consigo um cincerro (espécie de pequeno sino) para que com o ruído soubesse em que direção estavam os animais.
Hoje todo mundo vê os porcos fechados em chiqueiros, mas naquele tempo eles criavam os porcos amarrados em cordas para evitar que fugissem ou danificassem as plantações.
O transporte acontecia na maioria das vezes á pé ou a cavalo. As mulheres iam sentadas em uma jangada, que era uma espécie de banco de madeira sendo posto no lombo do cavalo onde elas eram acomodadas de lado.
Tinham como diversão as carreiras, as rinhas de galo e os bailes nas salas de chão batido. O baile era animado pelas próprias pessoas da comunidade e por aqueles que sabiam cantar ou tocar algum instrumento.
Para dançarem, o peão (homem originário do Rio Grande do Sul) observa a prenda (mulher originária do Rio Grande do Sul) do outro lado da sala, então ele se dirige a ela segurando em uma das mãos um pequeno lenço, chegando lá o peão respeitosamente inclina o corpo e estende o lenço a ela convidando-a para dançar, aceitando o gesto ela pega no lenço e os dois se dirigem para a pista. Chegando lá a prenda realiza um giro completo sobre seu corpo e ao final do mesmo os dois começam a dançar.

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