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sexta-feira, 27 de abril de 2007

Resumo Vidas Secas Gracilisno Ramos

A literatura da época
Após a revolução artística, fruto das novas tendências modernistas, no período de 1922 a 1930, surge uma Literatura Brasileira de caráter social e de um realismo regionalista. Essa nova tendência brasileira surgiu depois do famoso Congresso Regionalista de Recife, em 1926, organizado por Gilberto Freire, José Lins do Rego e José Américo de Almeida. Esse congresso tinha como proposta básica organizar uma literatura comprometida com a problemática nordestina: a seca, as instituições arcaicas, a corrupção, o coronelismo, o latifúndio, a exploração de mão-de-obra, o misticismo fanatizante e os contrastes sociais. Nessa literatura, chamada de Prosa Regionalista de 1930, devemos incluir José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Jorge Amado, Graciliano Ramos e Érico Veríssimo, este último com a retratação do Rio Grande do Sul. Estudaremos, a seguir, o mais importante dos autores desta época, Graciliano Ramos.
Vida Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrângulo, Alagoas, filho de Sebastião Ramos de Oliveira e de Maria Amélia Ferro Ramos. Dois anos depois, a família muda-se para Buíque, Pernambuco, e logo depois volta para Alagoas, morando em Viçosa e Palmeira dos Índios ate 1914. Graciliano estuda, então, e trabalha na loja do pai comerciante. Em 1914, vai para o Rio de Janeiro, onde mora durante um ano e trabalha como jornalista. No ano seguinte, volta para Palmeira dos Índios e se casa com Maria Augusta Barros, que morre cinco anos depois. Graciliano já, nessa época, escreve para jornais e trabalha com comércio. Seu segundo casamento, com Heloísa Medeiros, ocorre em 1928, no mesmo ano em que e eleito prefeito de Palmeira dos Índios, cidade que seria palco de seu primeiro romance Caetés. Em 1930, renuncia à prefeitura e vai para Maceió, onde e nomeado diretor da Imprensa Oficial, mas demite-se no ano seguinte, voltando em seguida para Palmeiras dos Índios, onde funda uma escola e escreve o romance São Bernardo. Em 1933, é nomeado diretor da Instrução Pública de Alagoas e volta a Maceió. Sua carreira e interrompida em 1936, quando é demitido por motivos políticos. Nesse mesmo ano, publica o romance Angústia e acaba sendo preso e enviado ao Rio de Janeiro. Dessa fase em que passa preso resultaria, mais tarde, seu livro Memórias do Cárcere. Ao sair da prisão, em 1937, passa a morar no Rio de Janeiro, onde escreve para jornais. No ano seguinte, publica a obra Vidas Secas, escrita num quarto de pensão. Em 1939, e nomeado Inspetor Federal do Ensino. Somente em 1945, Graciliano entra para o Partido Comunista Brasileiro e, sete anos depois, faz uma viagem a Tchecoslováquia e à União Soviética. Graciliano Ramos morre em 20 de março de 1953 sem nunca ter retratado uma paisagem do Rio de Janeiro. Conta-se que certa vez andava com um de seus filhos, a pé, pela cidade. Chegaram a Laranjeiras, onde moravam. O filho parou de repente e exclamou: "Como isso aqui e bonito!”. Graciliano ficou surpreso e perguntou se ele achava aquela cidade tão bonita assim. Para Graciliano, Alagoas era seu único universo.


Vidas Secas (Graciliano Ramos)
A obra Vidas Secas é uma narrativa em terceira pessoa ambientada no sertão nordestino que conta a saga de uma família de retirantes. Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais moço e a cadela Baleia, animal de estimação que representava quase um membro da família. O vaqueiro Fabiano e sua família perambulam pelo sertão inóspito em busca da sobrevivência até que chegam a uma fazenda abandonada e ali se instalam por um tempo. Dividida em treze capítulos independentes, a obra se caracteriza pela fusão de elementos que compõe o cenário da seca nordestina. Homem, paisagem, sentimento, bicho, terra, humilhação e seca. A opressão do homem pelo homem e pelo poder público. A natureza estéril, o isolamento e a falta de perspectiva fazem com que os humanos sofram uma regressão, animalizando-os. A linguagem escassa, as expressões concisas e rudes embrutecem Fabiano que se compara com os animais. A escassez de diálogos entre Fabiano e a família revela a falta de afetividade e o reduzido mundo mental em que vivem. Em contrapartida a cadela Baleia, o bicho de estimação ganha sentimentos e ações humanas. Baleia é considerada um membro da família dos retirantes até que adoece e é sacrificada pelo dono (Fabiano), que com um tiro de espingarda estraçalha sua perna traseira. Antes de morrer, a cadela apresenta um monólogo interior emocionante, como gente, ela faz um balanço de sua relação e fidelidade com Fabiano, o monólogo impressiona pela carga de sentimentos humanos que o caracterizam, pois o bicho é capaz de perdoar seu dono. O contraste entre o bicho humanizado e o homem animalizado, regredindo à condição de selvagem, mostra a eterna luta pela sobrevivência, onde o fluxo do flagelo da seca é ininterrupto. As cenas finais passam a idéia clara de adiar a morte, onde Fabiano e sua família retomam a caminhada sem esperança e sem alternativa.
ESTUDO DOS PERSONAGENS Baleia - cadela da família, tratado como gente, muito querido pelas crianças.
Sinhá Vitória - mulher de Fabiano, sofrida, mãe de dois filhos, lutadora e inconformada com a miséria em que vivem, trabalha muito na vida.
Fabiano - nordestino pobre ignorante que desesperadamente procura trabalho, bebe muito e perde dinheiro no jogo.
Filhos - crianças pobres sofridas e que não tem noção da própria miséria que vivem.
Patrão - contratou Fabiano para trabalhar em sua fazenda, era desonesto e explorava os empregados.
Outros personagens: o soldado, seu Inácio (dono do bar).
ESTUDO DA LINGUAGEM Tipo de discurso: indireto livreFoco narrativo: terceira pessoa

Adriana e Marieli

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